Os 10 maiores contribuintes listados no relatório são nomes familiares: Red Hat, Intel, Novell, IBM, Texas Instruments, Broadcom, Nokia, Samsung, Oracle e Google. Mas a aparição da Microsoft é um novidade na lista, compilada anualmente.

A empresa, que já retratou o SO livre como uma forma de câncer, foi classificada no 17º lugar na lista dos maiores contribuintes de código. Para a primeira vez e, provavelmente, apenas temporariamente, a Microsoft pode ser considerada uma das principais contribuintes para o Linux.

A empresa, que já retratou o sistema operacional livre como uma forma de câncer, foi classificada no 17º lugar na lista dos maiores contribuintes de código para Linux. Em geral, a Microsoft contribuiu com 688 alterações, ou cerca de 1% por cento das alterações no kernel, desde a versão 2.6.36. Os engenheiros da companhia também assinam 2.174 sugestões, ou 1,1% de todas.

Grande parte do trabalho da Microsoft circula em torno de oferecer drivers para sua própria tecnologia de virtualização Hyper-V. Parte do Windows Server, esta tecnologia permite ao Linux rodar como um sistema operacional convidado.

O desenvolvedor do kernel Linux kernel Jon Corbet, co-autor do estudo, estima que a participação da Microsoft atingiu um pico após o lançamento da versão 3.0 e irá diminuir ao longo do tempo. “Mesmo esses drivers não precisam de muita manutenção”, escreveu em um artigo.

Para a Fundação Linux, a participação da Microsoft no Linux mostra o quanto o kernel do sistema é amplamente utilizado nos dias de hoje. No período coberto pelo relatório, mais de mil desenvolvedores de quase 200 empresas contribuíram para o kernel. Contribuintes individuais responderam pelo maior número de mudanças – 11,4 mil, ou cerca de 16,2%. Entre as contribuições de empresas, a Red Hat se destaca, com 7,5 mil, ou 10,7%. Depois, vem a Intel, com 5 mil alterações no núcleo.

Em média, entre 8 mil e 12 mil patches são adicionadas a cada nova versão do kernel, que, supervisionados por Linus Torvalds, são liberadas a cada dois ou três meses. A grande maioria dessas mudanças são desenvolvidos por terceiros.

Fonte: IDG News Service (New York Bureau).